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Museu de Sever dinamiza visitas guiadas com muito humor
área de conteúdos (não partilhada)O Museu Municipal de Sever do Vouga comemorou três anos de serviço público, nos dias 18 e 19 de maio, numa festa em que a comunidade foi a protagonista. A estreia do projeto artístico “Há gente no Museu!” marcou o início da parceria com a Severi-Associação Cultural de Expressão Dramática, que se estende até o fim do Verão. Com a casa cheia, o museu recriou a história de Sever do Vouga, do Paleolítico até aos dias de hoje. Uma narrativa pautada pela boa disposição.
No âmbito da valorização do património e identidade locais, a Câmara Municipal de Sever do Vouga tem conjugado esforços para envolver a comunidade nas diversas ações dos seus equipamentos culturais. No caso do museu, a parceria com uma coletividade local é exemplo disso, como explica a autarquia severense. “Com este tipo de ação, reconhecemos o trabalho meritório das nossas coletividades e acreditamos que todos juntos somos parceiros na promoção e desenvolvimento do nosso concelho”, afirma o autarca, presente na noite de estreia. Com direção e encenação de Pedro Giestas, a Severi irá continuar a contar histórias sobre Sever do Vouga e interagir com o público, numa ação pensada, sobretudo, para as famílias. As próximas visitas teatralizadas irão decorrer nos dias 16 de junho, 28 de julho, 25 de agosto e 29 de setembro.
Outra das apostas do Museu Municipal de Sever do Vouga é a descentralização do acesso ao conhecimento, através da criação de polos museológicos nas freguesias. Em Couto de Esteves, no edifício do Centro Escolar, está para breve a entrada em funcionamento da Reserva Municipal Arqueológica. Criada em articulação com a Direção Geral do Património Cultural e a Direção Regional de Cultura do Centro e cuja instalação contou com o apoio da EDP, a reserva acolhe, entre outros, os materiais do sítio arqueológico do Rodo, descobertos durante a construção do Aproveitamento Hidroelétrico de Ribeiradio-Ermida. O vereador da Cultura Almeida e Costa adianta que, “além de permitir que o espólio esteja acessível para a comunidade, a reserva será um espaço privilegiado para as investigações do património arqueológico, no âmbito de uma parceria que está a ser desenvolvida com a Universidade de Coimbra”.
Nestes três anos de funcionamento, mais de 6.500 pessoas já visitaram o museu. A afluência, que tem crescido, aponta para uma média de quase 200 visitas por mês. Um cenário que contraria a tendência nacional atual para a queda do número de visitantes nos museus. A explicação, dada pelo técnico responsável Pedro Nóbrega, está no trabalho de promoção e proximidade. “Vemos o museu como um espaço interativo, feito por pessoas e para pessoas. Não somos apenas um amontoado de objetos do passado. Somos um espaço vivo e, muitas vezes, o primeiro contacto dos visitantes com o território. Estabelecemos parcerias, divulgamos as nossas atividades e promovemos o nosso concelho. Somos parte viva da comunidade”, afirma.