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LEME regressa a Ílhavo para duas dezenas de propostas em quatro dias de circo contemporâneo
área de conteúdos (não partilhada)O LEME, festival de circo contemporâneo, regressa ao município de Ílhavo de 4 a 7 de dezembro. Edifícios culturais e espaços menos convencionais em Ílhavo, Gafanha da Nazaré, Costa Nova e Vista Alegre vão receber 22 companhias, naturais de 12 países e que juntam mais de uma centena de artistas de 15 nacionalidades diferentes.
O LEME apresenta, ao longo de quatro dias, sete estreias nacionais e duas estreias absolutas, uma coprodução exclusiva, em 38 exibições de 16 espetáculos, incluindo quatro projetos da categoria Navegar (secção dirigida aos estudantes/criadores das escolas de circo portuguesas que apresentam trabalhos em construção), três oficinas, duas formações e um fórum internacional de dois dias que inclui sete sessões de debate e networking com profissionais, estudantes e entusiastas do circo contemporâneo.
Este ano, o LEME apoia duas criações: «Concordanças», da companhia Concorda, que além de trabalhar com a comunidade local, combina danças tradicionais e malabarismo, e «Clamor», de Margarida Montenÿ que explora a narrativa dos sinos tocados por mulheres e que usa o sino como dispositivo circense. No decorrer do processo de criação, «Clamor» terá um ensaio aberto do espetáculo, no contexto da Noite Europeia do Circo, a 15 de novembro, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré. As criadoras do LEME deste ano foram premiadas, em dezembro de 2024, nos Prémios Jovens Artistas Coliseu Porto Ageas 2024: Margarida Montenÿ recebeu o Prémio Jovens Artistas Coliseu Porto Ageas 2024 - Artes Circenses e a companhia Concorda de Mariana Frazão e Catarina Gameiro foi distinguida com o Prémio Nacional de Jovens Criadores 2024, promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude.
Num ano em que se joga e explora o tema da ilusão, destaque para as estreias nacionais de “Tout/Rien”, da companhia belga Modo Grosso, espetáculo de malabarismo e ilusão para crianças a partir dos 7 anos que terá também uma sessão para escolas; “L o n e”, de Luuk Brantjes, um espetáculo sobre a solidão numa estrutura feita para funcionar a dois; “Man strikes back”, dos belgas Post Uit Hessdalen, que coloca em diálogo um malabarista e um baterista num cenário robótico; “Girevik”, de Roman Škadra, que questiona o corpo perfeito; “Y - A Ânsia de Voar”, de Yldor LLach, espetáculo de acrobacia e poesia destinado às famílias; “Domte”, de Nacho Flores, que apresenta uma peça poética e visual, com música ao vivo, que contando com a cumplicidade do público, cavalga um minotauro que vai construindo ao longo do espetáculo; e ainda “Heka”, de Gandini Juggling, Yann Frisch e Kalle Nio, espetáculo que combina malabares, nova magia e humor. Nota para a estreia absoluta de “Tension”, de Elis Valente, que apresenta um espetáculo de acrobacia aérea num cenário de dezenas de elásticos de 40 metros em que reflete sobre a sua própria tensão e transformação pessoal.
O festival termina com um espetáculo de encerramento que inclui a Orquestra das Beiras e os artistas Yldor Llach, Jennifer De Hertogh, Eva Morais e Paula Cirino, numa criação que celebra a ligação improvável entre música orquestral, movimento e acrobacia. Esta performance leva o LEME até ao Cais Criativo da Costa Nova, onde os tradicionais números de circo são reinterpretados num contexto sonoro orquestral e numa dinâmica cénica site-specific contemporânea.
No contexto da categoria Navegar, que apresenta três espetáculos que resultam de uma convocatória pública para programar espetáculos de estudantes e criadores de escolas de circo portuguesas, apresentam-se “Quem ser”, de Jeniffer Rodrigues, “Unfold untold”, do Duo Flexoncirc e “Ensayos sobre la inspiración Op. 30”, cada um com três apresentações durante os quatro dias de festival.
No LEME PRO, que decorre nos dias 5 e 6 de dezembro, debatem-se este ano as artes performativas e as oportunidades do espaço digital, mas também o território que pisamos, o espaço público e o que queremos encontrar quando saímos à rua. Nas oficinas, nota para uma oficina de malabarismo funcional, uma oficina de artes circenses e uma oficina de movimento e de danças tradicionais como ferramenta no circo contemporâneo.
O LEME é organizado pelo Município de Ílhavo, através do projeto cultural 23 Milhas, em parceria com a Bússola, organização de desenvolvimento de projetos artísticos.


