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Barco Moliceiro: decisão marcada dia 9 na Índia
área de conteúdos (não partilhada)Na 20ª Reunião do Comité do Património Cultural Imaterial a nossa candidatura será avaliada no dia 9 de dezembro entre as 10h00 e as 11h40 (14h30 locais), com transmissão em direto pelos canais oficiais da UNESCO – canal principal no YouTube (YouTube) e outros canais regionais como o da UNESCO em Portugal (YouTube).
Seremos a 7ª candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade a ser discutida e decidida, sendo o ponto central da agenda — Ponto 7: Exame das Candidaturas — incluirá o relatório final do Órgão de Avaliação e a discussão pública antes das deliberações plenárias.
Nesta 20ª Convenção da UNESCO que decorre em Nova Deli, marca presença uma delegação oficial da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, num universo de 68 candidaturas apresentadas por 78 países, sendo 11 propostas destinadas à Lista de Salvaguarda Urgente.
A candidatura “Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro”, unindo 11 Municípios, é a proposta oficial apresentada por Portugal em 2025. O processo integra a Lista de Salvaguarda Urgente por se reconhecer a necessidade imediata de proteção de um saber-fazer tradicional que enfrenta risco real de desaparecimento.
A candidatura portuguesa sublinha vários fatores críticos sobre os riscos que o Barco Moliceiro corre, devido à diminuição do número de mestres carpinteiros navais; à falta de transmissão intergeracional de conhecimentos; à quebra na procura de embarcações tradicionais; às mudanças no uso e práticas ligadas à Ria de Aveiro; à urgência de medidas sólidas para assegurar a continuidade da arte.
Integra ações que envolvem a comunidade, instituições e agentes culturais através do “Plano de Salvaguarda da Região de Aveiro”, que sugere a criação de formação regular para novos aprendizes; a valorização dos mestres carpinteiros; a promoção integrada das embarcações tradicionais da Ria; a investigação, documentação e arquivo técnico sobre processos construtivos; as estratégias de sustentabilidade cultural e turística.
A desejada classificação representará um passo decisivo para a salvaguarda de um dos símbolos maiores da identidade da Região de Aveiro e do património cultural português. Será também o primeiro bem na Região Centro inscrito na Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Imagem de Etelvina Almeida