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Serviço de urgência básica de Águeda inaugurado
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Obra de requalificação contou com um investimento de 600 mil euros por parte da Câmara Municipal
“Hoje é um dia de alegria para todos”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, na inauguração da requalificação do serviço de urgência básica do Hospital Conde de Sucena, uma obra de 1,64 milhões de euros que contou com um investimento municipal de mais de 600 mil euros. A urgência foi “ampliada e dotada de outras funcionalidades, que agora precisamos de encher de vida, de quem cuida e de quem precisa de ser cuidado”, salientou o Edil, ontem, na cerimónia, que contou com a presença do ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
Para Jorge Almeida, esta obra é mais uma das muitas que o Município tem realizado em todo o concelho, para melhoria das condições de prestação de cuidados de saúde de proximidade às populações. “A nossa atividade e empenho vem muito antes da descentralização de competências”, sublinhou o Presidente da Câmara, lembrando que nas intervenções realizadas recentemente (entre as quais em Macinhata do Vouga, Travassô e Aguada de Cima) a Câmara avançou com as obras, que têm “uma componente financeira própria significativa”, antes mesmo de conseguir financiamento ao abrigo de programas de apoio comunitários.
Neste momento, está em fase de desenvolvimento de projeto a Unidade de Saúde de Barrô, que contará com apoio do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).
“Vamos fazer tudo para que a nossa resposta seja o mais competente e que com os meios ao nosso dispor, com os ajustes que são necessários fazer, consigamos melhorar ainda mais todo o funcionamento dos serviços e fazer com o mesmo muito mais”, disse, acrescentando que “o poder local tem vindo a dar provas permanentes disso mesmo”.
Na inauguração das obras de requalificação do serviço de urgências de Águeda, Jorge Almeida pediu mais músculo e valorização dos recursos aqui instalados, salientando que este pode ser um apoio importante à ULS da Região de Aveiro. “Precisamos que esta urgência e este hospital – e os seus profissionais – voltassem a ter um papel mais ativo, com uma outra capacidade de intervenção e que contribua para o cuidar dos cidadãos desta região”, algo que aponta como “absolutamente essencial”, considerando que o Hospital de Aveiro não tem a capacidade de resposta.
Para Jorge Almeida, o Serviço Nacional de Saúde “é a maior obra construída nestes 50 anos de democracia” e deve ser defendida com até ao limite, “porque ele está seriamente ameaçado”.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, elogiou a “especial sensibilidade” do presidente da Câmara de Águeda nomeadamente para a área da saúde, fruto de quem “dedicou toda a sua vida aos outros no SNS”, concordando que este serviço “é uma construção extraordinária da democracia”.
No seu discurso, apontou as vantagens da transformação e reforma do SNS através do modelo das unidades locais, de que é exemplo a da Região de Aveiro. “Estou convencido que este modelo vai mesmo permitir qualificar o SNS e fazer com que os próximos 50 anos sejam tão gratificantes como estes últimos 50, apesar dos problemas que enfrentamos”, declarou.
Manuel Pizarro, na sua despedida como ministro da Saúde, frisou o “pacote” de obras previsto, com apoio do PRR, que “está a permitir fazer um investimento sem paralelo no SNS. Estamos a construir 129 novos centros de saúde e a requalificar 475”, disse, acrescentando que estas obras acontecem com um o apoio dos Municípios, nomeadamente aqui em Águeda, sempre com um grande esforço da Câmara Municipal, que permitiu criar uma rede de cuidados locais de altíssima qualidade”.
Margarida França, presidente do Conselho de Administração da ULS Região de Aveiro, salientou que esta obra era um dos quatro grandes projetos que tinha em mente, quando assumiu a direção do Centro Hospital do Baixo Vouga, há seis anos: “a construção da unidade de ambulatório, a requalificação desta urgência em Águeda – bem merecida e bem necessária -, a unidade de cuidados intensivos, a ressonância magnética e o serviço de hemodinâmica (intervenção cardiovascular)”.
A urgência de Águeda, que abriu em outubro, “serve uma população vasta, porque não se limita a Águeda, serve doentes que aqui acorrem de Albergaria-a-Velha, Anadia, Sever do Vouga”.
No sentido da integração de serviços e de uma maior proximidade às população, duas das metas do modelo de funcionamento da nova ULS, Margarida França salienta que foram reforçadas especialidades e que tem sido feito um trabalho “de grande parceria com os Municípios”.